Nome: Depois de Lúcia
Diretor: Michel Franco
Gênero: Drama
Classificação etária: 16 anos.
Sinopse: Quando a esposa de Roberto (Gonzalo Vega Jr.)
morre, a relação dele com sua filha Alejandra (Tessa Ia), de 15 anos, fica
abalada. Para escapar da tristeza que toma conta da rotina dos dois, pai e
filha deixam a cidade de Vallarda e rumam para a Cidade do México em busca de
uma nova vida. Alejandra ingressa em um novo colégio, e sentirá toda a
dificuldade de começar de novo quando passa a sofrer abusos físicos e
emocionais. Envergonhada, a menina não conta nada para o pai, e à medida que a
violência toma conta da vida dos dois, eles se afastam cada vez mais.
Arrebatador, essa é a melhor palavra para descrever Depois de
Lúcia. Depois que Lúcia morre, seu viúvo Roberto e sua filha Alejandra, uma
adolescente de 15 anos, se mudam para a Cidade do México, a família sempre teve
uma ótima relação, mas a morte de Lúcia acaba danificando a relação pai e
filha, ambos sentem culpa pelo que aconteceu e não conseguem seguir em frente,
por isso a mudança para uma nova cidade é aceita por ambos.
Roberto é um chef de cozinha e na Cidade do México tem a
oportunidade de abrir um restaurante seu, graças a isso passa muitas horas
trabalhando e isso da mais liberdade a Alejandra que começou a estudar em uma nova
escola. O novo grupo de amigos de Alejandra dá uma festa e a convida, ela
aceita, nessa festa ela transa com um cara e ele resolve filmar o ato, ela
estranha, mas permite que ele filme. Alguns dias depois o vídeo começa a
circular pela escolha e Alejandra passa a ser humilhada física e moralmente por
todos aqueles que ela acreditou serem seus amigos. Ela tem sua dignidade
destruída. Durante o filme é relatado com excesso de detalhes o processo de
degradação de Alejandra culminando num final de encher os olhos de lágrimas e
que não deixa dúvidas de que a maior parte dos telespectadores faria o mesmo se
estivesse na mesma situação.
Como disse no começo Depois de Lúcia é um filme arrebatador,
ele dá um soco no estômago do telespectador. É difícil por em palavras o
tamanho do nojo que senti pela atitude daquele grupo de adolescentes, é muito,
muito, muito desprezível o que eles fazem, mas o mais desprezível de tudo é
saber que aquilo de fato acontece e é até comum! Em pleno século XXI, em meio a
tantos avanços tecnológicos os seres humanos continuam sendo seres desprezíveis
que tem atitudes ignorantes quando o assunto é sexo, entenda por seres humanos
homens e mulheres, isso mesmo, mulheres, as mesmas que são, na maior parte dos
casos, as vítimas também – em geral – são as primeiras a apontar o dedo e
chamar de puta e no filme é relatado isso, Alejandra é humilhada por homens e
mulheres, sendo bem sincera, senti que as meninas foram bem mais cruéis que os
meninos, pensando melhor, foram elas que começaram tudo! Os meninos passam o
vídeo adiante, mas as meninas, bem elas são umas vacas *desculpem vacas, não
foi por mal a ofensa*, a maior parte das maldades partem delas os meninos apóiam
o que os torna cúmplices e seres igualmente desprezíveis.
Depois de Lúcia me tirou do meu mundo colorido e de
maravilhosas noites de sono, me fez pensar por dias seguidos sobre o porquê o
ser humano é tão cruel, recomendo que assistam e me ajudem a entender o porquê
de tanta crueldade, o filme não foi baseado em fatos reais, mas fica bem claro
que não é apenas ficção, que aquilo pode e acorre.
Embora o filme seja faixa 16 no Brasil eu o recomendo para
adolescentes mais novos, o filme contém uso de drogas, bebida alcoólica, sexo –
uma única cena e que é mostrada de forma sutil, não é mostrado uma coisa aqui e
outra ali, nem nudez – e insinuações a sexo, mas se formos pensar bem alguns
jornais mostram coisas bem piores (aqui na cidade dos meus pais, por exemplo,
dia desses peguei o jornal e tinha um corpo estirado na primeira página, dava
para ver o rosto e os buracos dos vários tiros que ele levou) e eles passam em
horário nobre e qualquer uma criança pode ver e/ou ler, então um filme que vai
trazer uma ótima lição é aceitável, pelo menos do meu ponto de vista. O público
alvo do filme é o jovem, mas acho interessante pais e professores verem para
entender melhor como funciona o bullying e terem uma base maior para
identificar quando um adolescente está passando por isso.
Ah! Não posso deixar de parabenizar o trabalho magnifico da jovem Tessa Ia, nunca tinha ouvido falar dela, mas eu senti uma profunda empatia pelo personagem dela, ela assume o papel de Alejandra de corpo e alma e é possível sentir como se tudo fosse real e não apenas um filme. É incrível.
Assistam Depois de Lúcia e se revoltem.
Alguém já viu? Pretende ver? Comentem –q.
Beijos,
Thalita.
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